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“O Brasil tem tendência clara de centro-direita”, diz Lira sobre eleições municipais

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“O Brasil tem tendência clara de centro-direita”, diz Lira sobre eleições municipais

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), avalia que o eleitor brasileiro tem uma “tendência clara”, hoje, de votar em candidatos de centro-direita. A avaliação foi feita com base no resultado das eleições municipais, concluídas no último domingo (27), marcadas por uma ampla vitória dos partidos do chamado “centrão”. 

Por outro lado, segundo o presidente da Câmara, não é possível estabelecer uma relação direta entre o que aconteceu nas urnas no pleito municipal de 2024 e o que ocorrerá daqui a dois anos, nas eleições gerais, especialmente na disputa pela Presidência da República. 

“Na minha avaliação, eleição municipal é muito diferenciada da eleição nacional. O eleitor vai procurar o gerente, o síndico, o prefeito ou a prefeita que vá cuidar melhor da sua cidade e represente melhor seus interesses”, avaliou Lira, em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews. 

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“O Brasil tem uma tendência clara, natural, de centro-direita. O Brasil é um país conservador. No caso das eleições municipais, a minha avaliação é a de que o resultado é importante, são recados dados principalmente nas capitais, de que alguns rumos precisam ser modificados, na direita, na esquerda e no centro”, prosseguiu o deputado.

 “Sempre tenho a ideia de que o resultado de uma eleição municipal reflete menos na eleição nacional. São eleições separadas. Nesta, o eleitor escolhe quem ele entende ser melhor para cuidar dos seus destinos, da saúde, da educação, da sua vida cotidiana”, afirmou Lira.  

Segundo o presidente da Câmara, “o PT foi a prova disso”. “Ele [PT] não se dá muito bem nas eleições municipais, mas já ocupou a Presidência da República por cinco oportunidades. Cada partido tem uma característica, outros têm outra”, completou. 

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Sucessão na Câmara dos Deputados

Na entrevista à GloboNews, Arthur Lira também comentou o apoio oficial que deu, mais cedo, ao deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), para sua sucessão na presidência da Câmara, em fevereiro de 2025. 

“A eleição que nós estamos praticamente iniciando hoje já acontece nos bastidores há muito tempo. Os partidos e os candidatos conversam. É normal, ela é administrativa da Casa. Sempre foi esse o tom que nós demos desde a nossa primeira eleição”, disse Lira. 

“Você construir uma candidatura com vários amigos e líderes disputando a vaga é algo sensível. Você tem de ter cuidado, respeito e consideração”, prosseguiu o parlamentar. 

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Segundo Arthur Lira, a escolha por Motta se deu “no momento certo, depois das eleições municipais”. “Com tempo hábil suficiente para que a gente possa conversar com todos os partidos para o que chamamos de convergência, para uma maioria folgada, absoluta e tranquila”, observou. 

“A cadeira de presidente da Câmara é uma cadeira ampla e é uma cadeira que tem de ser tratada com muito cuidado. Agora nessa reta final, com o café ainda um pouco morno, tento ajudar para que a Câmara caminhe neste momento”, continuou. 

“Estamos tentando manter o equilíbrio da Casa. O fato de o bloco que me elegeu ir do PL ao PCdoB não inviabilizou em nada as discussões das matérias que foram votadas. Administrativamente, a Casa precisa demonstrar de novo que tem sabedoria, para que todos os partidos tenham o seu lugar ao sol, a sua importância dentro da Casa”, afirmou o presidente da Câmara. 

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Lira disse ainda que espera reunir o maior número possível de partidos em torno do nome de Hugo Motta. Hoje, o deputado é apontado como o favorito em uma disputa que ainda pode contar com Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA).

“Espero, sim, o apoio do PT, do PL, Republicanos, MDB, Podemos, PV, PDT, PSB… Vou tentar conversar bastante, e com os líderes ajudando, para que a gente tenha a eleição mais tranquila possível”, disse. “Mas é democrático que se tenha o desejo e a vontade de disputar uma eleição.”

Reforma ministerial

O presidente da Câmara desconversou ao ser questionado se considerava necessária uma reforma ministerial no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o resultado das eleições. 

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“A decisão em relação à reforma do ministério é do presidente da República. O governo vai fazer a avaliação dos resultados que tem”, afirmou Lira. “Não acredito que ela [reforma] vá acontecer por causa das eleições municipais, mas de olho no foco do que pretende fazer o governo para as próximas eleições, em 2026. Os governos têm tempo para fazer suas avaliações e ponderações.” 

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